Muita satisfação em estar presente nesse encontro. Mulheres de todo o Brasil reunidas em prol de um único ideal O Fortalecimento da produção feminina em todos os campos da cultura. Revi várias parceiras de luta desse Brasil..zão afora como minhas queridas Lunna[organizadora do encontro], DJ SImone, Malu Flor do Guetto [RS], Aninha [DF-Atitude Feminina], Sharilane, Tiely Queen [ SP], Miss Black [MG], Charlene [Acre/RJ]. Conheci novas aliadas como as lindas de Recife, Manaus, Santos, assim como b-girls, grafiteiras,ativistas,escritoras,produtoras e por aí vai. Me emocionei com a linda e merecida homenagem feita à Marilda Borges, fotógrafa do hip hop paulista, dona do blog www.marildafotos.blogspot.com e esposa do nosso aliado Alessandro Buzzo, que esteve em uma das mesas junto de Toni C e da escritora Ornella e gravou um especial “Mulheres” para seu quadro BUZZÃO, do programa Manos e Minas da TV Cultura.
Segue a Carta DE INTENÇÕES PRODUZIDA DURANTE O I FÓRUM ESTADUAL DE MULHERES NO HIP HOP
Nos dias 13 e 14 de março de 2010, a Associação Beneficente de Amparo à Família (ABENAF) e o Portal Mulheres no Hip Hop realizaram na Aldeia de Carapicuíba o I Fórum Estadual das Mulheres no Hip Hop, com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio do Programa de Ação Cultural (Proac) da Secretaria do Estado da Cultura do Estado de São Paulo, com apoio da prefeitura de Carapicuíba e demais colaboradores.
Além de diversas apresentações de grupos de São Paulo, Sergipe, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Amazonas e Distrito Federal, o Fórum contou com exibições de filmes, e debates sobre temas da atualidade que envolvem as mulheres, como: Da África ao Brasil, Dança de Rua, Literatura e Hip Hop, O Hip Hop como instrumento de transformação, experiências coletivas de ONG’s e violência contra a mulher e a eficiência da Lei Maria da Penha. Durante as discussões, foram elencadas as principais ações que os governos devem realizar para ampliar o leque de ações em prol da liberdade feminina dentro de uma sociedade que muitas das vezes apresenta atitudes machistas. As propostas focam, principalmente, a importância da participação da mulher na sociedade por meio da cultura, uma luta contínua que é renovada em todo o mundo em 8 de março, durante as comemorações do Dia Internacional da Mulher.
PROPOSTAS DAS MULHERES NO HIP HOP PARA UMA SOCIEDADE MAIS IGUALITÁRIA
Aprovação de lei estadual que determine a participação artística de 50%, das mulheres em eventos culturais inclusive de Hip Hop, que normalmente nem contam com a participação das mesmas, diminuindo a sensação de que o Hip Hop é feito apenas por homens;
Aprovação de lei estadual que determine a implantação de ações da cultura hip hop no calendário escolar da rede de ensino dos Estados, por meio do projeto político pedagógico, tornando-a presente durante o ano letivo e não apenas em alguns momentos;
Oficialização por parte do Governo Estadual do Fórum Estadual das Mulheres no Hip Hop, com inclusão no calendário anual da Secretaria de Cultura do Estado a ser realizado como principal meio para discussão e reflexão sobre os gêneros dentro da cultura; com realização no mês de abril, em virtude da comemoração do Dia Nacional da Mulher, em 30 de abril;
Fortalecer a realização de Fóruns nos Estados para que o Governo Federal reconheça a existência do evento, tornando-o nacional; com recursos públicos dos mais diversos Ministérios destinados à realização das conferências municipais, estaduais e, por fim, federal. Tendo as propostas finais analisadas e colocadas em prática pela Presidência da República;
Criação da Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop para fortalecer o trabalho e a unidade do grupo;
Obrigação para o cumprimento da Lei da Semana de Hip nas cidade que já contam com este artifício legal;
Trabalhar para que a Semana do Hip Hop seja criada, através de aprovação de lei, nas cidades brasileiras que ainda não contam com esta data no calendário municipal;
Pleitear uma cadeira para representante das mulheres no Hip Hop no Conselho Nacional dos Direitos da Mulher;
Garantir a capacitação e formação do (a) proponente, bem como assegurar suporte técnico, visando a elaboração de projetos sócio-culturais, garantindo recursos municipais, estaduais e federais;
Realizar divulgação dos editais abertos a entidades e associações de bairro bem como desburocratizar o acesso aos mesmos.
Mais inf.: www.mulheresnohiphop.com.br